domingo, 29 de maio de 2011

Trabalhando com Informática na Educação Infantil interessante texto sobre a Informática na Educação Infantil


Do site: http//:www.educaçãoeciberespaco.net/blog/?p=1745
O cúmulo da cegueira é atingido quando antigas técnicas são declaradas culturais e impregnadas de valores, enquanto que as novas são denunciadas como bárbaras e contrárias à vida. Alguém que condena a informática não pensaria nunca em criticar a impressão e menos ainda a escrita.Isto porque a impressão e a escrita (que são técnicas!) o constituem em demasia para que ele pense em apontá-la como estrangeiras.(LÉVY,1993,p.15)
Um dos maiores “burburinhos” no meio educacional é como proceder com a Informática na Educação Infantil. Alguns radicalmente contra, outros totalmente a favor e alguns nem contra nem a favor, ou seja, não há unanimidade quanto este uso. Mas um fato é que estes alunos estão vivenciando seu mundo e este mundo tem a Informática como algo fundamental na existência. E, sem contar, a própria curiosidade dessa faixa etária ao ver os pais, irmão, familiares e etc, trabalhando, se divertindo, comunicando com um PC ou um notebook. E eles querem participar, afinal, devem pensar “também sou filho de Deus”…
Mas como professores e escola devem proceder com tais máquinas e os pequenos? Abaixo um excerto de um texto em que sou co-autor com algumas dicas sobre o ato de pensar a Informática para a Educação Infantil. Para aqueles que quiserem ler o texto inteiro, clique AQUI:
Gallo (2002) aponta que em 1998 as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil já trazem incentivo para o uso das tecnologias na educação:
“Ao reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e conviver consigo próprias, com os demais e o meio ambiente de maneira articulada e gradual, as Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem buscar a interação entre as diversas áreas de conhecimento e aspectos da vida cidadã, como conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e valores. Desta maneira, os conhecimentos sobre espaço, tempo, comunicação, expressão, a natureza e as pessoas devem estar articulados com os cuidados e a educação para a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, a cultura, as linguagens, o trabalho, o lazer, a ciência e a tecnologia (Parecer CEB022/98, MEC).”
Podemos entender que a Educação infantil, ao trabalhar com sujeitos em formação pode utilizar-se de recursos informatizados desde que articulados com uma proposta pedagógica sustentada pelo coletivo escolar. Desta forma, a informática não será vista como vitrine, como mero atrativo para pais e alunos.
Valéria Santos Paduan Silva (2000) descreve experiências no âmbito da educação infantil, enfocando o trabalho docente, em especial no tocante à formulação de projetos e sua implementação. Como exemplo de atividades que utilizam o computador foram citados trabalhos para desenvolver a relação espaço-temporal e o raciocínio lógico-matemático, desenvolver noções de espaço (direção, posição e disposição no espaço) e de tempo (ritmo, sequência temporal, agora, antes, dia, noite, etc.), desenvolver a coordenação viso motora, identificar as formas geométricas, cores, sequência numérica e sequência lógica. Mas para isso tudo, deve-se escolher softwares que estejam de acordo com a proposta pedagógica.
Portanto, uma questão fundamental são os critérios para escolha do software (seja ele, tido como educacional ou não, já que muitos softwares que não compõe o universo dos chamados educacionais, podem, muito bem, servir para esse propósito. Sobre como escolher um software para educação leia “A avaliação de um software educacional tanto para a modalidade presencial quanto para EAD” clicando no link). Essa situação é primordial quando se fala em utilizar a informática na Educação, já que o apelo comercial e as inúmeras propostas de softwares “milagrosos” estão recheando o mercado e induzindo professores e pais a adquirirem essas “fabulosas máquinas de pensar”. O professor, seja de qual etapa do ensino (do infantil ao universitário) deve e precisa conhecer e ter critérios para a escolha do software de acordo com o grau dos seus alunos e com as propostas pedagógicas que ele destinou à sua atividade de ensino. Como exemplo, apresenta critérios interessantes para que possamos analisar softwares destinados à educação infantil. Dessa forma, o computador começa a universalizar-se adentrando em todas as camadas da população e, assim, o processo educativo não pode se manter alheio a esse movimento. E, muito menos, a educação infantil pode ser desconhecedora dessa realidade. Uma parte considerável das crianças brasileiras mora em lares que tem acesso ao computador ou tem pessoas que o utilizam de alguma forma no seu cotidiano, tornando-se algo corriqueiro nas conversas e na lida do dia-a-dia e, além disso, não podemos fazer do laboratório de Informática da Escola o local onde mora “o bicho papão”, afinal, onde ele habita criança não entra…
Referências:
GALLO, Simone Andrea D’Ávila. Informática na educação infantil: tesouro ou ouro de tolo? 2000, in <http://www.anped.org.br/reunioes/25/excedentes25/simoneandreagallot07.rtf>
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência : o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro : Ed. 34, 1993.
PADUAN, Valéria santos. Informática na Educação Repensando O Uso do Computador nas Escolas de Educação Infantil E Ensino Fundamental, 2002, in <htp://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/paras/id/595861.html>